27 de junho de 2009

Sensatez

Ainda sobre a desregulamentação da profissão de jornalista, o colunista da Folha Online Hélio Schwartsman escreve um sensatíssimo texto que pode ser lido aqui. Além dessa pauta (que já está em vias de esfriar), Schwartsman faz também uma excelente reflexão sobre o espírito corporativista comum ao brasileiro.

22 de junho de 2009

O choro é livre

Poucos dias se passaram desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acaba com a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercer a profissão. Os protestos, claro, já são numerosos. Ora, qualquer um que tenha estudado jornalismo sabe que se aprende a fazer jornalismo fazendo, oh!, jornalismo. As graduações, grosso modo, oferecem uma abordagem rasa de assuntos como filosofia, economia, sociologia e alguns outros emaranhados teóricos. Quando oferecem muito, dão ao aluno técnica razoável para redigir um lead e matéria redondinhos.

Nada, é claro, que uma pessoa relativamente talentosa não aprenda diretamente com a prática. Se assim não fosse, não teria como haver jornalismo antes da fundação da Cásper Líbero, que é a primeira escola de jornalismo brasileira - fundada ali pelos idos da década de 1940. Desregulamentar a profissão traz os benefícios de aumentar a concorrência entre profissionais, eliminar uma reserva de mercado que não tem razões para existir e, além disso, como um bom efeito colateral, elevar o nível das faculdades que ensinam jornalismo. Já que houve a desregulamentação, que os cursos ofereçam algo de diferente, então.

É inútil também argumentar que com o fim da obrigatoriedade do diploma qualquer um poderá ser jornalista. Em primeiro lugar, e até onde me chegou, quem vai diferenciar os bons dos ruins é, no fim das contas, a demanda que consome jornalismo (e evidentemente os veículos de comunicação ficarão ligados em suas redações para ajudar a diferenciá-los). Nenhum jornal quer arriscar perder leitores por culpa de uma burrada de jornalista incapaz. A própria competição entre diferentes veículos de comunicação serve como uma espécie de filtro que tende a eliminar os mais fracos. A medida do STF só ratifica a obviedade de que se um diplomado for mais fraco do que um não diplomado, que o primeiro saia e dê lugar ao segundo.

Em tempo, me assombra o barulho feito por causa da comparação que o ministro Gilmar Mendes fez entre jornalistas e cozinheiros. Os jornalistas deveriam se sentir honrados! Bom cozinheiro atualmente é moeda rara no mercado. Não estão, de forma alguma, abaixo dos jornalistas. Mas entendo. Por vezes o ego apita mais alto. Por fim, meu recado aos diplomados militantes é: se o curso de jornalismo é necessário como vocês acreditam que é, o provem no próprio mercado. Ora, se vocês estiverem certos, não há muito o que temer, não é mesmo?

Bois e vacas, não; gente, sim

Li na Folha Online dia desses que a ONG Peta lançará fotos sensuais da neta de Che Guevara, Lydia Guevara, de 24 anos, para divulgar o vegetarianismo. A neta do revolucionário argentino é vegetariana. O porta-voz da ONG Michael McGral afirmou que a campanha pede às pessoas que "se unam à revolução vegetariana". Ainda segundo Mcgral, a frase serve como uma homenagem a Che Guevara.

Interessante a iniciativa do pessoal do Peta. Para combater, digamos, a matança de animais, fazem apologia a um dos maiores carniceiros do século XX. A diferença é que Che não matava bois e vacas, matava era gente mesmo.

4 de junho de 2009

Resenha e discussão

A resenha que fiz do livro A Volta do Idiota, de Montaner, Apuleyo e Llosa foi publicada no site Crítica na Rede. Pode ser acessada no endereço http://criticanarede.com/html/idiota.html.

Como o texto lida com um tema sensível, gerou bastante discussão no blog do site. A discussão pode ser vista em http://blog.criticanarede.com/2009/06/volta-do-idiota.html#comment-form.